Pare De Tentar Vender E Veja As Vendas Aumentarem

Mente Manifesto - Edição #015

Aprendendo Mais Sobre Vendas

Citação da Semana

As pessoas não compram quando entendem você. Elas compram quando se sentem compreendidas

Gary Bencivenga

Durante três meses, eu falhei em vender...
Porque eu tentei vender.

Dezembro de 2019.
Eu recebi um e-mail que iria mudar a minha vida.

Uma oportunidade de trabalhar na Wiser Sales Platform e ser mentorado pelo grande Flavio Augusto.

Fiz todo o processo.
Respondi o formulário e enviei o meu vídeo de apresentação.

Algumas semanas depois, recebi a resposta: Eu fui um dos escolhidos.
A felicidade for grande.

Quando finalmente começou o treinamento, me admirei pela forma como o Flávio ensinou a conduzir uma venda.

O passo a passo era claro.
A estrutura era poderosa.

Mas... eu cometi um erro.
Em vez de seguir a estrutura de forma natural, criei um script engessado, quase robótico.
E repetia a mesma ladainha em cada ligação.

Resultado, não consegui sequer uma matrícula.

Enquanto várias pessoas batiam as metas semanais e eram reconhecidas em público, eu estava ali, sem ser conhecido nem pelo meu líder.

Se você já se sentiu invisível mesmo fazendo tudo certo, eu te entendo.

Todos os dias eu sentava, pegava o celular e ligava.
Milhares de chamadas, de manhã à noite.
Todas em vão.

A frustração era constante.

A cada “não”, minha autoconfiança desmoronava.
Ia dormir me sentindo impotente.
Comecei até a duvidar da estrutura que me foi ensinada.

Só deve funcionar para o Flávio

Esse era o pensamento que me seguia.

Eu fazia de tudo.

  • Convencer a pessoa de que ela precisava aprender inglês.

  • Forçar uma empatia artificial com as dores dela.

  • Até oferecia chamadas de vídeo para mostrar o curso por dentro.

Mas ninguém confiava em mim.

E claro, porque iriam confiar?

Eu era um completo estranho que estava ligando para elas, em um dia qualquer, para oferecer mais um curso de inglês.

Até que, em uma quarta-feira a noite (o dia do fechamento da semana na Wise Up), eu estava deitado, frustrado por ter passado mais uma semana sem vender e decidi ver vídeos para distrair.

Foi quando apareceu a história de Joe Girard.
Um nome que até então eu desconhecia, mas que carrega um título impressionante: O maior vendedor do mundo, reconhecido pelo Guinness Book.

Ao entender a história daquele homem, tudo fez sentido.
Eu percebi exatamente o que estava fazendo de errado

Não estava me conectando verdadeiramente com as pessoas.
Não estava me importando de verdade.

Só queria vender.
E ai estava meu erro.

O Vendedor Que Não Vendia Carros

Joe Girard, o maior vendedor de carros da história, vendeu 13.001 veículos entre 1963 e 1978.
Todos no varejo.
Um por um.
Sem internet. Sem WhatsApp. Sem tráfego pago.

Uma média de seis carros por dia útil durante 15 anos.

Qual era o segredo dele?

Não era nenhuma técnica mirabolante.
Joe acreditava que o sucesso nas vendas vinha de uma coisa simples, porém profunda:

relacionamento genuíno com pessoas reais.

Para isso, enviava cerca de 15.000 correspondências personalizadas a cada poucos meses, incluindo cartões de aniversário e mensagens em datas comemorativas, tudo do próprio bolso.

Os resultados foram impressionantes:

  • 95% das suas vendas vinham de indicações;

  • Sua taxa de conversão era 5x maior que a média do mercado;

  • Alguns clientes compraram mais de 30 carros com ele ao longo da vida;

Ele criou uma "concessionária dentro da concessionária", contratando sua própria equipe para gerenciar o fluxo de clientes e garantir um atendimento personalizado.

E mais.

Antes mesmo do termo "marketing de afiliados" se popularizar, Joe implementou uma estratégia semelhante chamada birddogging.

Ele recompensava clientes que indicavam novos compradores com US$ 25 por cada venda concretizada.

Essa abordagem não só aumentava suas vendas, mas também fortalecia os laços com sua base de clientes.

Joe entendeu um conceito que muitos vendedores ignoram:

Ele não vendia carros.
Ele vendia relacionamentos de longo prazo com pessoas reais.
Ele vendia confiança.
Vendia sentimento.
Vendia cuidado.

Cultivar relacionamentos é como cuidar de um jardim.
É preciso regar. Ter paciência. Dedicar atenção.
Mas, quando floresce, o resultado é belo e duradouro.

Dale Carnegie, autor de Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, dizia:

“Interesse-se genuinamente pelos outros.”

Joe levou isso a sério.

Tony Robbins também reforça:

“As pessoas não compram produtos. Compram emoções.”

E é verdade:

As pessoas não compram um produto.
Compram o que sentem em relação a você

Com essa clareza, no dia seguinte, mudei tudo.
Joguei fora o script.
Comecei a escutar mais do que falar.
Me conectei com as dores reais das pessoas.
Mostrei vulnerabilidade.
Me tornei amigo.

E, no mesmo dia, vendi pela primeira vez.

Nas semanas seguintes:

  • Bati metas consecutivamente.

  • Me tornei executivo sênior em 5 meses.

  • Fiz 33 matrículas em uma semana.

  • Fui chamado para conversar AO VIVO com o Flávio para toda a plataforma.

Descobri na prática que as pessoas decidem com o emocional e justificam com o racional.

Quando você toca o coração de alguém, você vende qualquer coisa.

O tráfego Que Nunca Seca

Hoje, no marketing digital, a lição de Joe Girard vale ouro.

Vivemos na era dos cliques.
Dos funis.
Dos lançamentos com sete dígitos.

Mas em meio a esse mar de dados, há algo que nunca mudou, e talvez nunca mude: as pessoas compram de quem elas confiam.

E confiança não nasce em um clique.
Ela é cultivada.

Joe Girard, entendeu isso antes da era dos CRMs, dos chatbots e dos lançamentos de sete dígitos.

Seu diferencial?
Não era o produto.
Era a proximidade.

Mandando os cartões em várias datas diferentes, Joe não estava vendendo carro.
Estava dizendo: Eu me importo com você.  

E é aí que a mágica acontece.

No marketing digital, ainda vemos muita gente tentando ganhar no grito.
Tráfego massivo.
Urgência forçada.
Promessas exageradas.

Mas os que realmente constroem algo sólido… são os que entendem que a audiência não é um número, é uma rede de pessoas.
Com histórias, medos, sonhos e uma carência imensa de atenção genuína.

Os infoprodutores e criadores de conteúdo que mais vendem não são os que mais postam.
São os que criam vínculos com a audiência: via email, WhatsApp, conteúdo com alma, comunidade.

Os prestadores de serviço que mais vendem não os mais baratos.
Mas os que fazem o cliente se sentir especial.

  • O cliente fecha quando sente confiança, não só quando vê portfólio.

  • A venda está na conversa prévia, na escuta, no cuidado.

  • A proposta que vende é aquela que conversa com o coração, não só com o bolso.

Quando você percebe que a verdadeira força das vendas está em tocar o coração de indivíduos, e não em gritar para a massa, o seu negócio deixa de ser genérico e passa a ser memorável.

Um gesto autêntico, fora do script, pode criar mais impacto do que mil campanhas bem segmentadas.

A diferença entre um “leitor” e um “fã” é o relacionamento.
Entre um “cliente” e um “advogado da sua marca” é o cuidado.
E entre um anúncio e uma lembrança inesquecível… está um cartão inesperado.
Uma mensagem fora de data. Um elogio que não está condicionado à compra.

Na sua próxima campanha, pense nisso:

Você está tentando vender para a multidão ou está disposto a se conectar com um ser humano de cada vez?

Talvez o melhor ROI do seu negócio esteja no gesto mais simples: fazer o seu cliente se sentir visto.

Porque no fim, as ferramentas mudam.
Os algoritmos mudam.
As plataformas mudam.

Mas o poder de uma conexão verdadeira… esse nunca saiu de moda.

Desafio Da Semana

Essa semana, você vai parar por 30 minutos e fazer algo simples, mas poderoso:

Escolha 5 pessoas:
  • Pode ser um cliente antigo.

  • Um seguidor que sempre comenta seus posts.

  • Um lead que não fechou.

  • Um parceiro que você perdeu o contato.

Agora envie para cada uma delas uma mensagem que não tenta vender nada.
Apenas reconectar.
Pode ser por WhatsApp, email, áudio, ou até bilhete físico.

A mensagem precisa ter 3 ingredientes:

  1. Uma lembrança sincera da última vez que vocês falaram.

  2. Uma apreciação genuína (algo que você admira ou valoriza na pessoa).

  3. E só isso. Sem link. Sem pitch. Sem call.

Se quiser ir além, mande uma mensagem em uma data que ninguém espera.
No mundo de hoje, esse tipo de gesto vale mais do que 1000 anúncios rodando em alta performance.

Porque relacionamento vende mais.
Mas não vende agora. Vende depois.
No tempo certo.
Quando a pessoa lembrar de você como alguém confiável, humano, presente.

Esse é o tipo de semente que a maioria ignora, mas que os grandes plantam todos os dias.
Relacionamento não escala rápido, mas fideliza para sempre.

Forte Abraço,
Matheus Ferreira

Ora et Labora.